segunda-feira, junho 06, 2011

Fotos: Show em Astorga/PR - 03/06/2011

Fotos, muitas fotos... 3 galerias, sendo uma quase que total do show. Pela primeira vez em anos, encontro um site de balada que cobre shows dessa forma. Muito bom!


Têm muitas fotos, principalmente na galeria 3.

Entrevista com Tico - Astorga/PR - 03/06/2011

Entrevista com Tico Santa Cruz

Com os planos de lançamento do novo CD, o vocalista Tico Santa Cruz conversou com a  Agência QUEM? e falou um pouco sobre o novo trabalho da banda e do Rock in Rio 2011. Tico também comentou sobre o uso da internet e dos planos do Detonautas.

Quem?: Primeiramente queremos parabenizar a banda, este foi um dos melhores shows de Astorga, a presença de palco de vocês é incrível! E, acredito que isso tudo é resultado de muita experiência. A partir disso, como você definiria, com uma palavra, a história da banda Detonautas?  
Tico: Acho que a palavra que descreve a nossa banda é determinação. A gente vem lutando muito por tudo o que a gente sonha, e a determinação é a palavra que cabe melhor ás nossas ações e expectativas.

Quem?:  E o que você achou do show?  O povo estava animado?
Tico: O show foi ótimo, nós saímos do palco e chegamos no camarim com uma vibe muito boa.
Quem?: Vocês estarão no Rock in Rio 2011, no mesmo palco de Pitty, Guns’ N Roses, System of a Down e Evanescence.Como está a expectativa pro show?
Tico: A expectativa é muito grande. Eu assisti o Rock in Rio de 2004, de 2008, e nesse ano nós vamos estar lá! É mais um sonho nosso, e estamos ai realizando.

Quem?: Vocês estão no processo de composição do novo CD?
Tico: Até o Rock in Rio estaremos lançando musicas novas no site, e em breve lançaremos  mais um CD com musicas inéditas.
Quem?: Como você disse, as músicas estão sendo lançadas na internet, todos os integrantes participam das redes sociais, e a maioria tem blog. Qual a relação da banda com a internet? O que vocês acham dessa mídia?
Tico: A internet é incrível, a banda começou nela e está até hoje, não tem como fugir, é o principal meio de comunicação e de informação, e por isso optamos por ela tanto para dizer o que está acontecendo com a banda, os planos da banda, quanto para lançar nossas músicas.

Quem?: As composições das músicas são muito diferentes. Também falam de amor, política, mas expressam-se de forma incomum. Qual o seu objetivo escrevendo dessa forma?
Tico: Esse é o meu jeito de escrever, meu jeito de dizer as coisas.Eu leio muito e gosto de literatura, e isso acaba me influenciando quando eu escrevo.

Quem?: E quais são as expectativas de 2011 e 2012 pro Detonautas?
Tico: Que o mundo não acabe! (risadas). Esperamos que a gente continue fazendo o nosso trabalho, da maneira que a gente gosta, e que todos os nossos sonhos e planos possam ser concretizados.
Quem?: Muito obrigada Tico, até a próxima.
Tico: Obrigado e muito sucesso pra vocês!

Fonte: Quem? Na Balada - por Isabella Cornicelli

Entrevista com o Tico

“A MINHA GERAÇÃO TEM UM PAPEL PATÉTICO NA HISTÓRIA POLÍTICA E SOCIAL QUE A ARTE PODE REPRESENTAR NO BRASIL” Por Eduardo Sá, 01.06.2011

Além de músico Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, é um artista que sustenta opiniões que muitos do meio cultural no Brasil evitam se posicionar. Em entrevista ao Fazendo Media ele fala sobre as consequências da revolução tecnológica para o meio musical com os downloads na internet, além de criticar o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Como ex colaborador do jornal O Dia, Tico também faz uma análise sobre a mídia e diz que a nova geração de artistas não tem cumprido seu papel político no cenário nacional.

Como você vê a música no meio de toda essa revolução tecnológica e os downloads na internet?

Eu acho que isso de certa forma facilitou, descentralizou o conteúdo, mas ela transformou a dinâmica do mercado. Então as gravadoras que antigamente detinham todo o poder de disseminar o conteúdo através dos cd’s, do material físico, dos lp’s antes e dos próprios dvd’s hoje em dia, demoraram muito tempo para se adaptar e perderam totalmente o trem. Então criou um paradoxo nessa história, que é o lance da internet: ao mesmo tempo que ela disponibiliza música livre, e isso facilita bastante ao artista chegar até o público sem nenhum intermediário, por outro lado, na minha opinião, ela deixou um vácuo de superficialidade pois as pessoas consomem tudo muito rápido e não se aprofundam em quase nada. Como artista eu acho que isso facilitou bastante, pelo menos para a gente como banda, que já tem um certo conhecimento, um certo mercado no Brasil, tem um acesso grande aos fãs. Hoje em dia não precisamos mais de ninguém dizendo o que deve ou não ser feito, a gente mesmo traça uma estratégia e coloca na ativa na internet.

Do ponto de vista financeiro, como vocês fazem para se manter dessa forma?

Financeiramente somos de uma geração que não tem nenhum tipo de ganho com venda de fonograma. O primeiro disco do Detonautas, por exemplo, vendeu 100 mil cópias e financeiramente foi positivo, mas no segundo disco já não existia essa demanda de venda. Embora exista ainda algum público que queira consumir, eu acho que é muito mais como se fosse um material específico, como se fosse um livro, um suvenir qualquer, que as pessoas guardam para ter como lembrança e não mais como fonte principal. É apenas mais uma fonte, e não mais a única fonte. Então financeiramente hoje em dia não tem vantagem nenhuma, ao contrário, o disco a gente manda fazer 20 mil cópias e distribui gratuitamente nos shows e nas entradas, na internet.

Mas como é essa estratégia de sustentabilidade?

Exclusivamente pelos shows, aonde a gravadora tentou interferir também. A gente até tentou um formato que foi a primeira gravadora aqui no Brasil, a Sony, que tentou esse modelo introduzindo essa dinâmica, mas eles são engessados demais. Tudo demora muito, para você conseguir fazer uma ação tem que pedir autorização para um, de um departamento pede para outro, e assim por diante, quando você vai ver já passou o time e acabou. A internet não permite hoje mais esse tipo de burocracia, ou você faz e coloca em prática ou então já era.

Você está acompanhando o debate no Ministério da Cultura, sobre direito autoral? Como você vê esse tema, dentro desse contexto do nosso papo?

Os direitos autorais e a maneira como isso foi conduzido até hoje foi sempre de uma maneira muito obscura, não existe uma clareza com nenhuma instituição pública ou outra qualquer que trabalhe esse tipo de repasse de verbas ou que movimente dinheiro público. Ainda que seja direcionado aos autores, é sempre trabalhando em benefício próprio, sempre desorganizado, sem nenhuma clareza com os artistas, então é uma caixa preta que ninguém quer mexer e todo mundo sabe que quando abrir vai explodir uma bomba.

Se eu tivesse recebido todos os meus direitos que o Ecad me deve, ou em tese me deve, eu acho que eu teria um padrão de vida um pouco mais confortável. O que a gente vê de repasse de direitos autorais no mundo um artista que estoura uma música praticamente resolve financeiramente a vida dele, embora seja num panorama mundial. Mas o Brasil é um continente, é um país grande, a gente toca em muitos lugares, são muitas rádios. Isso esbarra também em que as rádios são concessões públicas, que não deveriam estar nas mãos políticos e elas estão: vemos um movimento da própria classe política de tentar tirar o pagamento dos direitos autorais das rádios. Então é sempre privilegiando uma minoria que tem o poder e determina o que vai ser e o que não vai ser. Infelizmente a classe artística é muito pouco unida em relação a isso, a gente não vê uma mobilização muito grande para tentar mudar.

Eu gostaria que você falasse um pouco mais sobre o Ecad, porque ele tem esbarrado em várias discussões, inclusive no campo da transmissão de jogos de futebol.

É política cara, a gente está tratando de um assunto político. O Ecad não é muito diferente da relação, por exemplo, da corrupção de verbas públicas direcionadas para escola e saúde. Não existe um combate sério com relação a esclarecer exatamente o que faz o Ecad, quem está recebendo diretamente essas verbas. Começam a aparecer alguns escândalos, ai já começa a observar que estão tentando abafar os casos com outros casos. O Brasil é um país muito desorganizado, eu acho que a gente tem um atraso muito grande em todas as áreas, e na área cultural não é menor o atraso. Ainda mais se você observar que o estímulo à cultura é muito pequeno, as verbas ministeriais para cultura são ridículas e o estímulo para que as crianças e adolescentes consumam a música e o estilo de vida brasileiro é muito pequeno. Acho que eles não entenderam ainda que a base da economia está totalmente conectada com o que você motiva os tipos de desejos nas pessoas. Se você baseia a tua vida em desejos nos estilo de vida americano você vai querer consumir um Nike, uma música americana. Não que isso não seja positivo, acho que existe espaço para tudo, mas acho que é bobagem ignorar o fato de que se você estimula o desejo por coisas nacionais as pessoas vão consumir produtos nacionais.

Você escrevia para o O Dia, eu queria que você falasse dessa participação artística como formador de opinião.

Eu tento fazer um jogo equilibrado, eu sei que eu sou usado e eu procuro usar. Então eu acho que não existe vítima nem algoz nessa história, eu acho que é um mecanismo e grande articulação de um artista é quando ele percebe como funciona um mecanismo e tenta usá-lo a favor do que ele acredita que seja verdadeiro. Então eu durante muito tempo escrevi no jornal O Dia, fui convidado por eles para escrever, e em momento algum eu tive qualquer tipo de orientação de pauta. Eu decidia qual era a pauta e a abordagem, isso gerou uma série de polêmicas dentro do olhar dos próprios leitores até porque o meu ponto de vista é diferente da maioria das pessoas que estão lendo aquilo ali. Mas eu acho que como artista meu papel é plantar dúvida na cabeça das pessoas, plantar questionamento, é usar a mídia como veículo de propagação de dúvidas e não de certezas e verdades.

Acho que é uma grande bobagem da própria elite intelectual que você abrindo mão de aparecer na televisão ou ocupando espaço no rádio você está colaborando ou comercializando a sua arte de uma maneira equivocada. Eu discordo, eu acho que se o Caetano Veloso ou o Chico Buarque, mentes que de alguma maneira trabalharam ou trabalham pela música brasileira de forma inteligente, estivessem ocupando os espaços a gente talvez tivesse oferecendo um pouco mais de qualidade no que a gente cobra. Não dá, por exemplo, você chegar numa comunidade carente onde o estado não se faz presente, onde não tem biblioteca, as pessoas não lêem, são pouco alfabetizados, e cobre que elas tenham um comportamento diferente do que está sendo oferecido. Então é legítimo, por exemplo, que o funk ocupe os espaços e que as pessoas possam se manifestar dessa maneira se essa é a cultura que eles conseguiram agregar nesse meio tempo.

O Brasil é muito grande e muito complicado, mas eu acho que a classe artística é muito omissa. Qualquer relação que mexa com política, grande parte da classe artística não quer se meter, não quer dar opinião, porque isso pode repercutir financeiramente na carreira deles. Hoje em dia não existe uma censura como era na época da ditadura, a censura hoje em dia é econômica. Eu estou até para fazer um vídeo sobre isso, mas devo fazer no momento certo até para não me prejudicar também, porque eu também tenho que saber a hora de oferecer o ataque e a hora de me defender. Mas de modo geral, principalmente a minha geração, tem um papel patético na história política e social que a arte pode representar no Brasil.

Você é um cara politizado e provavelmente se mantém informado no que está acontecendo, eu queria saber como você vê as informações que são disseminadas na mídia.

Eu acho que quando você entende o mecanismo você faz uma pergunta básica quando pega um jornal ou na Tv: a quem interessa essa notícia? A qual grupo interessa isso? Por que está sendo veiculado dessa maneira? É muito estranho que as pessoas não se preocupem com isso, em se questionar para quem que estão escrevendo. Querem atingir quem? Quais são os interesses vinculados a essa notícia? Basicamente é jogo de interesses e as pessoas têm que estar ligadas para saber por que um banco anuncia num jornal tão importante, entendeu?

Show em Curitiba/PR - 18/06/2011

Saiu o flyer final do show em Curitiba no próximo dia 18/06.


Todas as informações do show clique aqui e aqui.

Vídeo: Back in Black - Andradina/SP - 04/06/2011

FODA demais eles tocando verdadeiramente essa música! E o Macca tem até coro chamando por ele ;) orgulho não se mede, sente!

A polêmica do camarim pago

Novidade ou não, o assunto voltou a pauta. A mim a única novidade dessa história toda foi saber que isso acontecia com alguma banda no Brasil, porque com as de fora não era novidade, tanto que eu mesma, entrei nessa onda para realizar o sonho de conhecer o Backstreet Boys - ninguém é perfeito mesmo :p - pelo menos  de todos os citados, o BSB é modesto e U$$500 é o pacote Platinum Vip, com direito a tour nos bastidores com um dos boys.

A notícia a baixo fala sobre isso e cita novamente a história do Tico com o Restart.

Fãs pagam até R$2 mil para encontrar ídolos no camarim
Produtoras de Britney Spears, Restart e outros famosos investem em pacotes especiais de ingressos.
Tatiana Regadas - Do EGO, no Rio

Vida de fã não é fácil. Para ficar perto de seus ídolos vale tudo: esperar por um aceno no aeroporto, chamar pelo nome na porta do hotel, dormir na fila do show e até gastar uma grana alta. Pensando em todo esse amor, empresários e produtores resolveram investir em passes especiais que dão direito, entre outras coisas, a encontros com os ídolos. Desde que, é claro, o fã esteja disposto a pagar.

Os ingressos para os shows de Paul McCartney no Rio se esgotaram em apenas um hora na internet, mas para quem quisesse uma experiência diferente era possível comprar ingressos para área VIP e para a passagem de som do ex-Beatle por R$ 2536,96. Em sua nova turnê, Britney Spears lançou um pacote especial que garante aos mais fanáticos um lugar na primeira fila do show e mais alguns mimos como livro da turnê autografado e entrada exclusiva.

A produção de Paul McCartney, responsável pela venda dos pacotes, não garantia na venda um encontro com o ídolo, mas simpático ele atendeu os fãs depois do ensaio nos dias de show no Rio. Uma sortuda ganhou até “Parabéns pra você” do músico. Já, segundo o site Just Jared, a decisão de adicionar ao pacote- que custa US$1 mil (cerca de R$1630)- um encontro com os fãs foi da própria Britney. 

Imprevistos

Na maioria dos casos o encontro com o ídolo é supostamente garantido com a compra do ingresso, mas é bom que os fãs se preparem para imprevistos. Além de não poder contar com o bom humor do artista sempre, outros fatores como atrasos e problemas das casas de shows podem acabar com o encontro.

Na passagem do grupo Backstreet Boys pelo Rio de Janeiro, as fãs que pagaram até US$500 (cerca de R$810) para assistir a passagem de som e tirar fotos com os ídolos ficaram frustradas quando às 21h foram avisadas de que o ensaio- marcado para às 17h- não aconteceria por problemas técnicos. A solução encontrada pelos organizadores do evento foi permitir que as fãs assistissem ao ensaio em São Paulo. Quem não pôde ir, teve que se contentar só com o show e em ter seu dinheiro de volta.

Anuidade

O grupo inglês McFly, queridinho das meninas, lançou em 2010 o site Super City em que através de diferentes tipos de assinaturas os fãs têm acesso a conteúdos exclusivos de bastidores, shows e até bate-papo com os integrantes da banda. Para quem quiser mais, eles oferecem a opção anual por US$60 (cerca de R$97) que garante um encontro com o grupo em algumas cidades por onde a turnê passar.

Os ingressos para os shows não estão incluídos e caso a sua cidade não esteja não no roteiro é preciso investir ainda em uma viagem. A banda Paramore faz um esquema similar no site de seu fã-clube oficial, mas com menos garantias. Os fãs que são membros e pagam a anuidade de US$30 podem ter a chance de conhecer a banda pessoalmente se comprarem o ingresso do show ainda na pré-venda e forem sorteados. 

Polêmica no Brasil

No Brasil, a banda Restart é talvez a única a adotar a prática. Para conhecer o grupo depois das apresentações, as fãs podem adquirir o que eles chamam de “Kit Camarim”, que, além do ingresso e de produtos oficiais, garante um encontro com os rapazes nos bastidores e fotos.

O valor varia e o guitarrista da banda, Pe Lu, disse que é cobrado dos fãs apenas o referente ao ingressos e aos produtos: “Não cobramos pelo nosso tempo ou pela visita em si”, disse em entrevista à revista “Época”. Ele também garante que pulseiras que dão acesso ao camarim são distribuídas para as pimeiras pessoas que chegarem nas casas de shows.

A iniciativa gerou polêmica e o cantor Tico Santa Cruz chegou a chamar os meninos de oportunistas: “Ver integrantes do Restart, fenômeno infanto-juvenil, cobrando ingresso de seus fãs para recebê-los no camarim foi o ápice pra mim. Isso é o mais puro oportunismo. Atitude de quem não dá valor nenhum aqueles que lhes consideram importante”.

Fonte/Crédito: Ego

Homenagem: Rodrigo Netto por DRC

No show em Andradina, os meninos tocaram 'To aprendendo a viver sem você'.